quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Lula provoca oposição e diz que fará sucessor Dilma acusou PSDB de querer acabar com o PAC

Após a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disparar contra a oposição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou para provocar os adversários, afirmando que tem certeza de que fará o seu sucessor. Durante a inauguração da Escola Técnica do Instituto Federal Norte de Minas, ontem em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, Lula vinculou eventual vitória da oposição na eleição presidencial de outubro a um retrocesso e disse que "ninguém precisa acreditar em fantasias e em promessa de última hora".
Depois de falar em "revolução na educação" brasileira durante sua gestão, o presidente disse que espera que seu sucessor invista ainda mais na construção de escolas profissionalizantes.
- Deus queira que quem vier depois de mim - eu fiz 214 -, que faça 300, que faça 400, que invista muito mais [...] Sabem que eu não posso discutir eleição. A única coisa que eu tenho certeza é que nós vamos fazer a sucessão presidencial. Que me desculpem os adversários, mas nós vamos ganhar para poder ter continuidade essas coisas.
Para uma plateia em sua maioria de petistas, o presidente argumentou que "se para tudo que está acontecendo no Brasil", o país irá retroceder;
- Todo mundo sabe como é que é. Portanto, ninguém precisa acreditar em fantasias e em promessa de última hora. Quem sabe faz, quem não faz, promete.
Antes, Dilma, a virtual presidenciável petista, já havia reiterado os ataques contra o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), ao acusá-lo de planejar o fim do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Dilma repetiu também a acusação de que os tucanos pretendiam, em 2006, acabar com o programa Bolsa-Família.
A pré-candidata afirmou ainda que o atual governo precisou revogar um decreto da administração anterior que impedia os investimentos nas escolas técnicas:
- Vamos fazer mais escolas técnicas do que foi feito ao longo de toda a história do nosso país.
Além de Dilma, Lula levou para a inauguração outros três ministros: Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) e Geddel Vieira Lima (Integração Nacional). O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), foi representado pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alberto Duque Portugal.
Porém, outro Aécio presente, o prefeito da cidade, Aécio Jardim (PDT), não escapou das vaias da plateia todas as vezes que seu nome era anunciado. Na política local, o prefeito sofre oposição do PT e seu partido é aliado do governador tucano. Ao mesmo tempo, o público presente ovacionou a ex-prefeita, a petista Maria do Carmo Ferreira Silva, muito à vontade no palanque.
A situação incomodou o presidente, que reclamou que a divergência política local poderia servir de munição para a imprensa não "enaltecer" a inauguração da escola técnica.
A unidade consumiu investimentos de R$ 4 milhões e até o fim do ano serão oferecidas 520 vagas para cinco cursos técnicos.

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